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Novembro de 2020 registrou o dobro de falas racistas de autoridades públicas em comparação ao mesmo mês do ano passado

MANIFESTAÇÃO RACISTA SOBE



Novembro de 2020 registrou o dobro de falas racistas de autoridades públicas em comparação ao mesmo mês do ano passado. Foram assinaladas oito falas discriminatórias de autoridades públicas, contra quatro em todo o mês novembro passado. O monitoramento foi feito pela Terra de Direitos e a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas.



As duas instituições verificaram falas de vereadores, prefeitos, deputados, presidente e juízes, como destaca Givânia Silva, uma das fundadoras da Conaq.



 



Um dos mais recentes exemplos é a fala do vice-presidente Hamilton Mourão. "No Brasil não existe racismo", disse o vice-presidente ao ser perguntado sobre o assassinato de João Alberto em uma das unidades do Carrefour, no dia 19 de novembro. Autoridades têm questionado o papel do Estado em desenvolver políticas públicas e ações para enfrentamento do racismo e desigualdade racial diante do aumento de manifestações racistas. A maioria das falas reforça estereótipos racistas (33%), seguido da incitação à restrição de direitos (27%).


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