Um artigo publicado na Associação Médica Brasileira revela a experiência de profissionais de saúde que acompanharam pacientes em seus últimos dias de vida durante a pandemia. A entrevista envolveu relatos de 102 profissionais das áreas da medicina, enfermagem e fisioterapia em vários estados brasileiros, que indicou o sentimento de angústia em 69,6% deles e a percepção de baixa qualidade de vida em 64,7%. As questões abordavam o cuidado oferecido nos dois últimos dias de vida dos pacientes; decisões compartilhadas sobre medidas de suporte à vida; tempo para falar com a família dos pacientes; autorização de visitas; e a oferta de suporte emocional e espiritual aos pacientes,entre outros como destaca Esther Angélica Luiz Ferreira, docente do Departamento de Medicina da Universidade Federal de São Carlos, coordenadora da pesquisa. A pesquisa envolveu também a Universidade Federal de São João del-Rei, Unicamp e instituições de assistência em saúde em Ribeirão Preto e Barretos. O estudo integra uma articulação internacional da Universidade Erasmus, na Holanda, que coleta dados em mais de 20 países.
