Nesta edição semanal do programa "Caindo no Choro", o álbum de estreia do grupo "Rabo de Lagartixa". Tem ainda um repertório variado com outros representantes do gênero. Confira a nossa seleção musical no link: https://drive.google.com/open?id=1STvEjY4zY2gZLFdWXhxhGeqwlIHY996l
Na abertura do Caindo no Choro de hoje, o encontro do choro e o jazz no trabalho do Rabo de Lagartixa, quarteto carioca que iniciou as atividades nos anos noventa a partir de uma formação bem rara: com sax soprano, cavaquinho, violão de sete cordas e contrabaixo acústico. E assim, deu início à expansão das fronteiras do choro em diversas direções, reunindo gêneros que, de repente, não parecem mais tão distantes um do outro, como a música nordestina, a bossa nova instrumental, o experimentalismo, o samba rasgado e a música pop. Criado em 1992, o grupo estabeleceu uma sólida reputação nos círculos de música instrumental brasileira. Com bases fortemente enraizadas no choro e na música popular, aliadas a uma sonoridade particular e a uma tendência cosmopolita. Nas palavras do crítico musical Tárik de Souza: “É o néo-choro com levadas e grooves divergentes que sai do gênero fixo e volta a ser uma maneira de tocar incorporando os sons da rua”. Formado num projeto do Museu Villa-Lobos, o quarteto base tem os seguintes integrantes: a saxofonista Daniela Spielmann, o cavaquinhista Alessandro Valente, o violonista de sete cordas Marcelo Gonçalves e o baixista Alexandre Brasil. A eles junta-se o percussionista Beto Cazes. No disco de estreia homônimo, lançado em 1998, o Rabo de Lagartixa preferiu peneirar músicas inéditas de autores novos. E também gravou alguns clássicos do gênero. No repertório, destacamos as composições “Paranoá”, “Choro Miúdo”, “Diabinho Maluco” e “Quebra-Queixo”.