Acima, a chamada para o programa 12.
1) Retratamento – Da Weasel
Autor: Ruben Rodrigues
Vou levar-te para casa, tomar conta de ti
Dar-te um bom banho, vestir-te um pijama e
Fazer-te uma papinha, meter-te na caminha
Ler-te uma historinha e deixar-te bem calminha
Ouve bem, preciso de alguém do meu lado
Que me dê um bom dia com um sorriso bem rasgado
Amor pela manhã, pela tarde e pelo fim do dia
Mais um pouco quando sonho era o que eu queria
Não é preciso muito, é muito simples na verdade
Só quero amor bom, carinho, solidariedade
Faz-me rir e eu prometo que não te faço chorar
Trata bem de mim e eu bem de ti vou tratar
Olá nina, quero tratar de ti
Dar-te o mundo e o outro tenho tudo aqui
Chega só um pouco perto de mim
Acredita que eu nunca me senti assim
Trata-me bem, eu juro que suo sangue por ti
Faz a coisa certa como o Spike Lee
Podes usar e abusar do teu brinquedo favorito
Mas tem cuidado, por favor, não o deixes partido
Dou-te tudo o que puder, tudo o que tiver
O que não tiver tiro aos deuses para a minha mulher!
Roubamos um foguete, vamos dar uma volta até à lua
Escrevo um livro no caminho com a alma toda nua
Procriamos como coelhos e quando nos derem pelos joelhos
Procriamos mais um pouco porque eu adoro fedelhos
Escrevo o teu nome no meu corpo para toda a gente ver
Bem piroso e lamechas, como o amor deve ser verdadeiro
Olá nina, quero tratar de ti
Dar-te o mundo e o outro tenho tudo aqui
Chega só um pouco perto de mim
Acredita que eu nunca me senti assim
Olá nina, quero tratar de ti
Dar-te o mundo e o outro tenho tudo aqui
Chega só um pouco perto de mim
Acredita que eu nunca me senti assim
Gostas de filmes? Podíamos fazer um bem privado
Eu escrevo, realizo e atuo do teu lado
Podes ser a minha estrela, vou-te dar um bom papel
Pouca palavra, muita ação, acredita que é mel
Nasceste para isto, tá tudo previsto
Por isso insisto e não resisto
A dar-te mais um pouco disto
Amor puro, fresco como a brisa do mar
Tenho montes dele guardado, e tá quase a estragar
Envelheço ao teu lado, eu bem gordo tu bem magra
Acabamos com o stock nacional de Viagra
Faz-me rir e eu prometo que não te faço chorar
Trata bem de mim e eu bem de ti vou tratar
Olá nina, chega aqui ao pé de mim
Deixa-me dar-te o que tu mereces
Tu és a resposta para as minhas preces
Senta-te aqui vou-te cantar um som
Doce como tu, como um bombom
Olá, nina quero tratar de ti
Dar-te o mundo e o outro tenho tudo aqui
Chega só um pouco perto de mim
Acredita que eu nunca me senti assim
Olá nina, quero tratar de ti
Dar-te o mundo e o outro tenho tudo aqui
Chega só um pouco perto de mim
Acredita que eu nunca me senti assim
2) Black Magic Woman – General D
Autor: General D (Sérgio Matsinhe)
3) Princesa – Boss AC
Autor: AC Firmino
Posso falar contigo?
Tu és tudo aquilo que um homem pode querer,
Dás-me prazer, 'tas a meu lado pra me defender
Adoro o teu sorriso, quando me olhas com ternura, acredita, eu paraliso
És bonita, simpática, tão atraente
Derretes-me todo com o teu olhar inocente
Palavras doces na tua boca, parecem brisas
Tu não andas, tu deslizas
Enfeitiçaste-me no dia em que te conheci
Fico fulo da vida quando eles olham pra ti
Ao mesmo tempo sinto-me tão bem por saber que por te ter mais ninguém tem
Princesa
Beija-me outra vez
Diz que me amas baby
Diz mais uma vez
Princesa
Beija-me outra vez yah
Princesa
Adoro fazer-te adormecer no meu peito
Quando te tenho a meu lado pra mim o mundo é perfeito
Adoro os fins de semana passados na cama,
Apaixonados na cama, abraçados na cama
Fazer amor contigo é ir ao céu e voltarei morrer e ressuscitar
Adoro os nossos momentos picantes
Engraçado como horas podem parecer instantes
A tua pele é mel, o teu toque é magia
Adoro falar contigo, a tua doce companhia
Antes que seja tarde demais, quero dizer que faço tudo para não te perder
Princesa
Beija-me outra vez
Diz que me amas baby
Diz mais uma vez
Princesa
Beija-me outra vez yah
Princesa
Não digas nada, beija-me outra vez com esses teus lábios de fada
Há palavras que ainda estão por inventar
Por mais que tente nunca hei-de conseguir explicar
Não sei se é calor, não sei se é frio, só sei que sem ti sinto-me vazio
Adoro quando nos sentamos no sofá com um edredon,
As luzes apagadas, Sade é o som
Tocamo-nos no escuro, o silêncio diz tudo
O amor é cego e por vezes também é mudo
És tu quem eu quero, eu sou sincero não digas nada, beija-me outra vez
Princesa
Beija-me outra vez
Diz que me amas baby
Diz mais uma vez
Princesa
Beija-me outra vez yah
Princesa
Só quero que saibas queque é sincero
Acho que nunca é demais dizer
Não quero que tenhas dúvidas
Que é amoryah?
Beija-me outra vez
4) Nada dura para sempre – Dealema
Autor: Dealema
Nada dura para sempre
Nem os frutos, nem as sementes
Nada dura eternamente
Somos como estrelas cadentes
Por isso diz o que sentes
E vive sem medo
Ama os teus parentes
Nunca percas tempo
Aproveita toda a inocência da infância
Vive a irreverência da adolescência
Usufrui da maturidade da idade adulta
Partilha a sapiência que da velhice resulta
Luta pela tua felicidade
Cria agora a tua realidade
Neste organismo em constante mutação
Mecanismo pelo tanque de transformação
Onde a única certeza na incerteza da vida
É que tudo que inicia também finda
Nada dura para sempre (Para sempre)
Nada dura para sempre (Nada dura)
Nada dura para sempre (Para sempre)
Nada dura para sempre (Não, não)
Nunca mais é para sempre
Tudo que começa acaba
Com o sol poente
Aqui nada é permanente
O tempo corre o relógio bate
Chove na minha face
Sinto o fim aproximar-se
O vento sopra, sussurra nos meus ouvidos
Aqui agora estás vivo
Desperta os sentidos
Tudo é passageiro
O material é uma ilusão
Tentei agarrar coisas que me escaparam das mãos (farei)
Vivi o dia como se fosse o último
Senti a chuva como se fosse a última
Beijei a mulher como se fosse a única
Enquanto canto corrosão da desencanto
Apatia que me consome por dentro
Melancolia do novo dia que nasce
Relembro-me do amor impossível
Num flash em frente aos meus olhos, o sonho desfaz-se
E desvanece como o sol poente
Restam quatro palavras
Nunca mais e para sempre
Nada dura para sempre
Ninguém vive eternamente
Nada dura para sempre
Ninguém vive eternamente
Nada dura para sempre
E todo o corpo decai
E só o amor se perpetua
Através de quem não retrai
Foste filho serás pai
E um dia talvez tenhas netos
Mas essa família unida
Nem sempre estará por perto
Daqui não levamos nada
Deixamos tudo, da casmurrice à velhice
As traquinices de miúdo
Impagável cada segundo de existência
Neste mundo que estes versos
Sejam o expoente do termo profundo
Tu aproveita o dia
Aproveita a vida e respira
Aproveita a bem comida
Há muito quem a desperdiça
Procura igualdade e no vale semeia justiça
O mal de quem cobiça é o ritual
De quem muito preguiça
Não queiras ser cigarra nesta colônia de formigas
E no inverno chorar pelas cantos
Tristezas não pagam dívidas
Falo com Deus pessoalmente sem intermediário
Ansioso pelo próximo equinócio planetário!
Nada dura para sempre (Para sempre)
Nada dura para sempre (Nada dura)
Nada dura para sempre (Para sempre)
Nada dura para sempre (Não, não)
Admirável mundo novo
Não acredito as trevas não me levam
Porque amo o meu filho
Coros de suicídio dão-me um sorriso ao ouvido
Mundo depressivo, vivo como um anjo caído
A certeza inquestionável de sentir poder na arte
Respirar no universo à parte
Tudo pela arte
A visão é escrita, é o escapar é
A vida é um combate
Brinco as escondidas
Com o impressionante
Não quero ver a minha mãe a partir
Não quero sentir a dor incomparável quando a hora surgir
Sentimento não é monocromático
O vermelho é intenso entre o preto e o branco
Retrato o terror da paisagem num poema
O meu amor nasceu num concerto de Dealema
A tempestade é intensa, mas a chama ainda acende
Para sempre é muito tempo eu quero amar-te no presente
Nada dura para sempre
Ninguém vive eternamente
Nada dura para sempre
Ninguém vive eternamente
Nada dura para sempre (Para sempre)
Nada dura para sempre (Nada dura)
Nada dura para sempre (Para sempre)
Nada dura para sempre (Não, não)
5) Cala-te – Dama Bete
Autora: Dama Bete
Porque tu falas demais
E já me cansas yeah
É muito blá blá blá para os meus ouvidos
Por isso cala-te e calate e cala-te
Yeah ok yah chhh yeah
Eu sou confusa e muita gente me acusa
Mas escusa de falar de mim abuso
mas abusa pois sei que o abuso é uma recusa
Pois custa admitir que a Bete abusa
sei que tenho rimas
matematicamente inteligentemente
ahahahahah não achas surpreendente hãn?
Tou-te a atrofiar hãn?
Chhh Para quê tanta garganta?
O people fala fala e não se cala
só sabe criticar inventar e Criticar
já me cansa tanta gente abanar a pança
se o people não curte, então porque Dança hãn?
Isto é muito atrofiado para perceber
mas aqui fica um recado oooouhh
e para a Gente que falou ahahah tomem lá o meu flow.
Cala a boca tens mentalidade pouca dicas de cabeça oca
inveja e tanto blá blá blá blá blá blá
Cala a boca tens mentalidade pouca dicas de cabeça oca
inveja e tanto bláblábláblábláblá
Questão: Porque há tanto MC parecido?
sem criatividade mais parecem um zumbido bzzz
Já me cansa o ouvido se encontrar um mata-moscas
garanto estarão perdidos Pois o que fazem
melhor hip hop tuga e é assim só sabem falar nas costas
fala a Frente mc fazes melhor
tou a cagar para o que dizes é só falar falar
tou à espera que Concretizes tens isto
e aquilo conheces este e o outro
aquele outro e o outro yoh gravas num melhor estúdio
tens melhores beats parabéns sê feliz
mas chavalo não te estiques pois
dama bete isto dama bete aquilo
dama bete hii a pita não tem estilo
Depois criticas e criticas e no final o quê?
Dama bete participas no meu EP ?
Cala a boca tens mentalidade pouca dicas
de cabeça oca inveja e tanto bláblábláblábláblá
Cala a boca tens mentalidade pouca dicas
de cabeça oca inveja e tanto bláblábláblábláblá
E falas na ausência tem paciência nas costas
uma coisa na cara é aparência mas tudo o
Que tu tens é dor de cotovelo só sabes criticar
mas eu sou o teu modelo cala-te
Cansa-me o que dizes cala-te são só coscuvilhices
cala-te não sabes o que dizes cala-te e
Cala-te porque quando eu digo p'ra calar tu
calas-te cansa-me o que tu dizes por isso
Cala-te só dizes porcaria por isso cala-te cala-te e cala-te
Cala a boca tens mentalidade pouca dicas de cabeça oca
inveja e tanto bláblábláblábláblá
Cala a boca tens mentalidade pouca dicas de cabeça oca
inveja e tanto bláblábláblábláblá
Cala a boca tens mentalidade pouca dicas de cabeça oca
inveja e tanto bláblábláblábláblá
Cala a boca tens mentalidade pouca dicas de cabeça oca
inveja e tanto bláblábláblábláblá
6) Sereia Louca – Capicua
Autora: Capicua; DJ Ride
Ela queria usar sapatos, dançar de salto alto
Beijar a boca de um homem, embrenhar-se no mato
Queria perder as escamas e rasgar as barbatanas
Até que pernas humanas lhe saíssem da carne
Poder conhecer o doce, o amargo e o ácido
Ali tudo era salgado, azulado e aquático!
Partir o aquário, deixar de vez o Atlântico,
E rogava por ajuda aos marinheiros com seu cântico!
Mas seu canto era grito, que não suportavam
E só Ulisses vivera depois de ter a escutado
O seu canto era um feitiço carpido como o fado
Que levava navios perdidos pró outro lado!
Tenho um búzio que me diz coisas estranhas ao ouvido
Tenho um búzio que me diz coisas estranhas ao ouvido
Tenho um búzio que me diz coisas estranhas ao ouvido
Tenho um búzio que me diz coisas estranhas ao ouvido
Sua voz era livre, como ela não era,
Como sempre quisera que o seu corpo fosse
E por cantar o sonho e a sua quimera
Era para as almas como um cúmplice!
Forte como um coice, como uma foice,
Trespassava gelada o silêncio fundo da noite
Enquanto a sua melodia como a maresia
Envolvia em maravilha a lonjura da sua corte,
Chega a maré vazia pra lavar em água fria
A sua melancolia e o seu medo da morte!
"não é que a lágrima é da mesma água salgada?"
Gritava entre o mar e a estrela da madrugada
Tenho um coração de esponja que cresce com a tristeza
Tenho um coração de esponja que cresce com a tristeza
Tenho um coração de esponja que cresce com a tristeza
Tenho um coração de esponja que cresce com a tristeza
Serei a louca que vai tentar deixar o mar,
Com a coragem de quem sai do seu habitat
Serei a louca que vai gritar, chorar, bramir
Esbracejar, tentar até conseguir!
Serei a louca que vai sentir a falta do mar,
Sentir a falta de ar que há neste lugar
Sempre que digam que a louca é melhor muda que rouca,
Eu fico nua que a roupa aperta o respirar
E grito ainda mais alto, neste palco suspenso
Que pior do que o meu canto há de ser o meu silêncio!
Tenho um búzio que me diz coisas estranhas ao ouvido
Tenho um búzio que me diz coisas estranhas ao ouvido
Tenho um búzio que me diz coisas estranhas ao ouvido
Tenho um búzio que me diz coisas estranhas ao ouvido
Tenho um coração de esponja que cresce com a tristeza
Tenho um coração de esponja que cresce com a tristeza
Tenho um coração de esponja que cresce com a tristeza
Tenho um coração de esponja que cresce com a tristeza
"não é que a lágrima é da mesma água salgada?"
Gritava entre o mar e a estrela da madrugada!
E eu grito ainda mais alto, neste palco suspenso
Que pior do que o meu canto há de ser o meu silêncio!
7) Dizer que não – Dengaz (com Matay)
Autores: Bernardo Ribeiro Da Costa / Luis Filipe / Dengaz
Eu queria dizer que não. Mas estou contigo.
Eu queria dizer que não. Mas não consigo.
Eu queria dizer que não. Mas estou contigo.
Eu queria dizer que não. Mas não consigo.
Eu queria dizer que não…
Yah. Eu sorria porque era para sempre
Hoje eu tou com uma cara diferente
A ver no que nos tamos a tornar
Mas se me quiseres mudar ou trocar
Eu vou-te encarar de frente
Deste-me uma chance, e eu não hesitei
Com o numero do teu mundo e eu fixei.
Mas na verdade tambem sei
Que sou do tempo que só dou valor áquilo que tenho quando fico sem
E se isto aqui for por vaidade,
Então desculpa mas não vai dar
É que para mim não faz sentido
Continuar contigo se o que temos não for verdade
Ela tem a dedicatória e tu a dedicação
E o que valia um obrigado, agora é obrigação
Mas sei que nada, mas nada aqui foi em vão
Mas hoje…
Eu queria dizer que não. Mas estou contigo.
Eu queria dizer que não. Mas não consigo.
Eu queria dizer que não. Mas estou contigo.
Eu queria dizer que não. Mas não consigo.
Eu queria dizer que não…
Eu não nasci pra ficar sem ti
Mas só para nós é que isso faz sentido
E não são os bens que tu me dás nem o medo que tu me dás
É aquilo que tu me fazes sentir
E eu nem sei se te ouvi, mas
Quando tu não tás, eu não sei se estou vivo, e
Amor igual ao teu eu sei que eu nunca tive
E o teu lugar em mim eu sei que esse é cativo e
Venha o que vier a nossa historia não acaba aqui
Desde do principio que o que eu senti foi o que eu segui
Contra tudo e todos, mas agora não tou a conseguir
Vê-la deitada na minha cama e eu a pensar em ti
Essa realidade é maior do que ficção
As palavras que eu te digo ao ouvido já vi que são
De verdade e para marcar para sempre a nossa ligação
Mas hoje…
Eu queria dizer que não. Mas estou contigo.
Eu queria dizer que não. Mas não consigo.
Eu queria dizer que não. Mas estou contigo.
Eu queria dizer que não. Mas não consigo.
Eu queria dizer que não…
Não tenho cara nem tenho lata, não tenho nada
E o tempo pára quando te encaro
Só para dizer pára
E eu cobarde, páro e comparo
Com amor, sem fogo não arde,
É só tara. Agora é tarde para dizer que não
Então se eu bazasse sem te avisar, nem dizer nada
Sem saberes que eu já estou farto, nem escrever a ultima carta
E eu sei que és tu quem me pagas, mas hoje és tu quem me apagas
E se agora só me estragas, então só andas comigo
Não!!!
Eu queria dizer que não. Mas estou contigo.
Eu queria dizer que não. Mas não consigo.
Eu queria dizer que não. Mas estou contigo.
Eu queria dizer que não. Mas não consigo.
Eu queria dizer que não. Mas estou contigo.
Eu queria dizer que não. Mas não consigo.
Eu queria dizer que não. Mas estou contigo.
Eu queria dizer que não. Mas não consigo.
Eu queria dizer que não
8) Cafeína – DJ Dadda & Plutónio
Autores: DJ Dadda & Plutónio
Com tanto pataqueiro a conspirar a minha volta
Às vezes custa ficar longe da fofoca
Tem cobras e lagartos camuflados como tropas
Histórias verídicas que passam por anedotas
Se o burro for cavalo vai depender da tua moca
Abre o teu olho já dizia a minha cota
Aqui ninguém se excita por um baralho de notas
Sem mini-saia tu nem sequer me provocas
Hoje em dia e tão fácil tu pareceres um garanhão
Que até um homem feio já tá a partir coração
Sozinha diz que sim
Acompanhada diz que não
Depois do camarim até já dança no varão
Essa tua dama nova pra mim não é novidade
Tem quantidade que não vale a qualidade
Não confundas burrice com a minha humildade
Chegaste agora e já queres ter afinidade
Mas comigo não dá não dá não dá não dá
Mas comigo não dá não dá não dá não dá
Tou com sono ela tem cafeína
Ye lê lê, ye lê lê
Como o prato enquanto ela cozinha
Ye lê lê, ye lê lê
Quer provar da minha melanina
Porque o nigga não tem disciplina
Na cama dela é só palestina
E ela gosta por baixo e por cima
Tou com sono ela tem cafeína
Eu nunca chego a horas mas eu vivo adiantado
Ignoro a tua chamada só pra ficares ocupado
Se querias ser poeta mais valia tares calado
O peixe morre pela boca já diz o velho ditado
Tas sempre a dar vacilo e vais dizer que é mau olhado
Ninguém te pôs os cornos tu já nasceste veado
E ela diz que o anel é falso como o namorado
De santa não tem nada ajoelhou pelo pecado
E eu sei que tu sonhaste com uma fonte mas eu dei te um chafariz
Nem precisei de visto para entrar no teu país
Mostrei te a torre Eiffel sem sequer tar em Paris
Depois do show eu sei que ela vai pedir bis
Essa tua dama nova pra mim não é novidade
Tem quantidade que não vale a qualidade
Não confundas burrice com a minha humildade
Chegaste agora e já queres ter afinidade
Mas comigo não dá não dá não dá não dá
Mas comigo não dá não dá não dá não dá
Tem muito papagaio a repetir o que não sabe
Tem muito sábio que não sabe nem metade
Mentiras bem contadas que até passam por verdades
E uns inimigos a querer fazer amizade
Mas comigo não dá não dá não dá não dá
Mas comigo não dá não dá não dá não dá
Tou com sono ela tem cafeína
Ye lê lê, ye lê lê
Como o prato enquanto ela cozinha
Ye lê lê, ye lê lê
Quer provar da minha melanina
Porque o nigga não tem disciplina
Na cama dela é só palestina
E ela gosta por baixo e por cima
Tou com sono ela tem cafeína
Ye lê lê, ye lê lê
Como o prato enquanto ela cozinha
Ye lê lê, ye lê lê
Quer provar da minha melanina
Porque o nigga não tem disciplina
Na cama dela é só palestina
E ela gosta por baixo e por cima
Tou com sono ela tem cafeína
9) Anti Herói – Valete
Autor: Valete
“Los que le cierran el camino a la revolución pacífica,
Le abren al mismo tiempo el camino a la revolución violenta
Só se pode fazer isto uma vez”
Eu cresci trancado num quarto com livros de Marx e Pepetela
Alimentado com parágrafos de Nélson Mandela
Foi esta a fonte do ódio que agora já não escondo
Este é o som que eu inalei na voz de Zeca Afonso
Ninguém me separa deste Guevara que eu tenho em mim
E podes ver na minha cara a raiva de Lenine
Eu choro este sangue que devora o meu espírito
E choca os mais sensíveis, e torna-me num monstro como Estaline
Valete aka Ciclone Underground, nigga
O filho bastardo da vossa opressão, nigga
Eu tenho nos meus olhos a cor da insurreição, nigga
Eu sou Malcom-x com um microfone na mão
Eu desenterro vítimas de genocídio capitalista
E levo mais comigo para a rebelião
Eu sou o primeiro a marchar para esta revolução
Tu és o primeiro a bazar na hora da intervenção
Eu vim para ressuscitar Lumumba, Ghandi e Arafat
E os nossos homens de combate através desta canção
Pai, eu tatuei no meu peito a tua imagem
Para respirar através dela a tua batalha e a tua coragem
Hoje eu trago nos meus braços a tua alma e a tua mensagem
Esses escumalhas não sabem que jamais irão levar vantagem
Nós vestimos a farda de Xanana
E levamos drama do terceiro mundo à casa branca
Desfilamos com a mesma gana de tropas em Havana
E com a resistência sobre-humana dessa convicção cubana
Toma esta ira psicopata deste filho de Zapata
Activismo de vanguarda é o registo de som
Eu trago a obstinação com que Luther King abalou
E a mesma solução que todo o meu people sonhou
Eu sou aquele mundo novo que Bob Marley cantou
Esboço desse sofrimento todo que o meu povo guardou
(Refrão)
Eu sigo este caminho que o ódio abriu para mim
E serei um dos guerreiros que aplaudirão no fim
Este é o som da revolução que em breve chegará
Eu sou o anti-herói, que nunca se renderá
Eu sou um dos filhos deste mundo que a luta inspirou
No mesmo trilho da mensagem que Cabral deixou
Esta é a voz da justiça que um dia se afirmará
Eu sou o anti-herói que o povo aclamará
Enquanto eu me enveneno com este rancor
Vou pondo balas no carregador para abater esses opressores
Esta é a missão dos peronistas que eu assumi na hora
Com a determinação que herdei da minha progenitora
Ninguém pára a frente armada que eu comando agora
Combato a escória na alvorada como fez Samora
Eu trago nesta oratória a história dos filhos que viram a morte inglória dos pais
E que hoje anseiam desforra
Na Palestina, no Cambodja, Vietname, Angola
No Iraque, Na Somália, Afeganistão e Bósnia
Esse é o grito desse mundo que chora e implora
Pela justiça dos homens porque já viram que Deus não acorda
Vítimas de quem fez todo o mundo seu património
Da hipocrisia assassina do Fmi e da Onu
É o povo anónimo, cobaia do liberalismo económico
Que sai das amarras eufórico para combater o demónio
Eu sou aquele que vocês chamaram de fundamentalista
Quando eu disse que eu era um trotskista belicista
Posicionei-me assim contra a América imperialista
Aqui está o vosso kamikaze terrorista
Farto de vos ver sentados, manipulados
Por uma televisão que vos deixa impávidos e formatados
Asnáticos e conformados, fechados e enganados
Otários e atrasados, inválidos e atordoados
Nós estamos do lado contrário nesta jornada cheia de gente angustiada
Traumatizada por um passado onde foram pisadas, martirizadas
Apedrejadas, excluídas, extorquidas, extropriadas, cuspidas
Por uma brigada desalmada de parasitas
Que devastaram, arrasaram vidas
E agora vão pagar com a descarga desta entifada
Criada pelos homens que vocês flagelaram
E sobraram com garra para vingar aqueles que não ficaram
(Refrão)
Eu sigo este caminho que o ódio abriu para mim
E serei um dos guerreiros que aplaudirão no fim
Este é o som da revolução que em breve chegará
Eu sou o anti-herói, que nunca se renderá
Eu sou um dos filhos deste mundo que a luta inspirou
No mesmo trilho da mensagem que Cabral deixou
Esta é a voz da justiça que um dia se afirmará
Eu sou o anti-herói que o povo aclamará
10) RAP – Chullage
Autor: Chullage
Retrato à periferia
Racismo angústia pobreza
Ruas armazenam perigos
Refugiam almas presas
Roubos assaltos pacotes
Redistribuem algum pão
Reanimam aquele povo
Remetido à privação
Rendimentos aqui poucos
Restam actos proibidos
Regras atropelam-se pisam-se
Rusgas actos punidos
República acumula poder
Reproduz a privatização
Retém altos privilégios
Recorre à precarização
Reforçam agentes policiais
Recuam avanços produzidos
Regresso ao passado
Regime autoritário PIDE
Reclama a propriedade
Rico acumula priva
Resposta acção protesto
Renega atitude passiva
Retira ao proprietário
Rompe, adquire pilha
Repõe ao proletário
Reivindica a partilha
Reprova aqueles partidos
Retórica apenas promessas
Reage autónomo pensa
Revolução antifa processa
Raízes afro populares
Raggae acústica percussão
Rimas aos pares
Reason Akai programação
Reformula as palavras
Requer avisos parentais
Reinstala as polémicas
Repudia avisos penais
Rappers antes politizavam
Rappers agora publicitam
Rappers antes protestavam
Rappers agora parasitam
Relógios anéis palácios
Roupas automóveis pretas
Rabos ancas pernas
Revistas adolescentes petas
Reviews atribuem prémios
Rádios auto-promoção
Recebem-se as palmas
Recibos agentes produção
Respeito adquire-se primeiro
Rejeita álbums precoces
Recrimino a postura
Rappers ambicionam posses
Reconhecimento aos pioneiros
Retribuo amor props
Ridicularizo as playlists
Ruptura anti pop
HIP HOP!
Riscos agulhas pratos
Ritmo à poesia
Reis aerosol paredes
Rodas Adidas picardia
Rapper atrai peregrinos
Refugia antigos profetas
Ruído anuncia punchlines
Reconhece altos poetas
Reals aniquilam phonies
Ritual arte pregadores
Rappapas álcool picas
Reservado a pensadores
Realidade atira-nos pedras
Raiva agonia patentes
Retemos atenção pública
Rebentando altifalantes potentes
Rebeldes agitam Portugal
Redigem amargos poemas
Revolta agora pessoal
Resistem agudos problemas
Recessão América petróleo
Repressão armamento pesado
Rabis ayatolas papas
Religião avoluma pecados
Recusam alimentar pessoas
Repetem argumentos perversos
Responsáveis arruínam povos
Reaccionários acham progresso
Reduzem-se animais plantas
Respira-se ar poluído
Resistentes arquitectam planos
Recuperam alento perdido
Rap assegura permanência
Rappers assumem posição
Restituir afecto e paz
Reeducar a população
11) Paga pra ver – Dillaz & Spliff
Autor: Dillaz
Falas duma maneira
Como se a minha vida desse pica ou não passa-se duma brincadeira
De segunda à segunda feira...
Tou trancado no estúdio onde os beats fazem bicha para a bilheteira
Só p'ra te fazer suar dessa bigodeira
Se perguntas se eu trabalho, eu te digo não..
Ligo àquilo que gosto, amo aquilo que faço
Logo aquilo que faço, logo aquilo que traço não é profissão
Mother fucker's têm dito
Têm dito
Não consigo
Tenho um tique
Que eu sou freak...
Vens armado em chique olha o que isto deu!
Já te tinham avisado, rap é compromisso!
Não ouviste o sabotage? Ora digo-te eu
Com a tua boca falas e não te calas?
Só levas palmadas p'ra abrir a pestana
Bófias lá zona só querem fumá-las
ah pala desta dica ainda vou de cana
E vês o caso mal parado, deixa-me falar
o dillaz é marado, e sabes porquê?
Quando eu era pequenino, sempre à beira do meu primo
À pala da cavalada hepatite c
Sempre fui um puto que chora e ninguém o vê
atitudes fazem que venhas a ser um def
Como a garina que eu caguei em 2003
que em 2014, ganda beff!
Não me venhas com boatos, com pedras no sapato
que eu não quero ser pisado
Não! Não!
Não me venhas com contratos
papéis assinados com exclusividades
Não! Não!
Não venhas pegar o mike pra abanar a bilha
Pega no teu maço, puxa uma cavilha
E espero que esperes também
Se queres que eu viva bem
Um bm p'ra minha mãe era maravilha!
Tu pensas que é só verdadeiros mas só lidas com gente falsa
Acabas espigado apanhado com jarda, cannabis no pátio?
Sô guarda é só salsa!
Elevas o limite numa discussão, e primes o gatilho com convicção.
Vê e avisas o teu peeps e guarda o teu pit
que ameaças pro meu fixo, isso é ficção!
Que eu ouvi dizer,
Que não me safava, não acreditavas,
Paga pra ver então….
Corro pela estrada
Porque aqui sem nada, não dá pra viver, então
E faço por gosto!
Mil vezes na estrada que acabar na esquadra
e p'ra não dizer nada, porrada no posto
Nunca dei pra escola, não vou pedir esmola
sem rap a minha vida era um desgosto
P'ra bocas que falam que a cena tá preta
e que virei vedeta pra passar na fila
Tão importante, que eu tava com o papá
todos perguntavam quem tava com o dillaz
Tenho notado que andas a pedi-las
falta de amigos e cara de enjoado
Partilha o meu som, mete like no som, mas porque é que tu
Cala-te oh meu atrasado!
Faço som porque sinto, não faço questão
que venhas dar a mão para ser partilhado
Sem ironia há de haver quem se ria
no dia que o chapz for enterrado
Na terra onde as editoras são bichos do mato
Não mudo o meu esquema, levanto as antenas
porque com as hienas é preciso cuidado
Abre a pestana e não fiques parado
ah tempos que a cota me andava a dizê-lo
Já o meu avô queria cantar o fado
acredito que tou a viver o sonho dele
Eu só quero é que isto não vire um pesadelo
E tenho a noção que o verso que escrevo não escrevo só por escrevê-lo
E sei que o que digo, no tempo antigo salazar não me deixava dizê-lo
E há que entendê-lo, e não é ser chato
Mas eu prefiro uma vida de cão
do que uma alma do tamanho d'um rato
12) Parte-me o pescoço – Agir
Autor: Agir
Yeah, yeah yeah yeah yeah yah
Oh linda, oh linda
Got it, got it, got it
Ela é linda, ela é special
Ela passa pelas outras tipo battle
Quando ela passa
Ela sabe o que faz
Fica impossível não olhar p'ra trás
Ela parte-me o pescoço
Ela parte-me o pescoço
Ela sabe que é capaz
Ela parte-me o pescoço
Ela parte-me o pescoço
Impossível não olhar p'ra trás
Ela parte-me o
Quando ela entra no club
Ela é so good
I just can't get enough
Ela passa, eu olho
Ela parte-me o pescoço
Que ela tem aquele corpo que eu digo
What the fuck so what, so what, so what
Eu não tenho a culpa
Que ela tenha aquele butt
So what, so what, so what
Mas ela vai-te dar o corte
Tipo toque mesmo assim, eu vou tentar
Conhecê-la, eu vou tentar
Olho só p'ra ela, eu vou tentar, hmm
Pode ser que eu consiga, siga, siga
Se é p'ra tentar então siga, ainda por cima
Ela é linda, ela é special
Ela passa pelas outras tipo battle
Quando ela passa
Ela sabe o que faz
Fica impossível não olhar p'ra trás
Ela parte-me o pescoço
Ela parte-me o pescoço
Ela sabe que é capaz
Ela parte-me o pescoço
Ela parte-me o pescoço
Impossível não olhar p'ra trás
Ela parte-me o
Eu não consigo, não querer
Olhar p'ra trás para ver
Como ela anda, ai eu sou fã
Da maneira que ela sabe tremer
Ela sabe o que fazer
Ela sabe convencer
Com aquela dança
Com aquelas ancas
Numa coisa tu podes crer
Eu vou tentar
Conhecê-la, eu vou tentar
Olho só para ela, eu vou tentar, hmm
Pode ser que eu consiga, siga, siga
Se é p'ra tentar então siga
Ainda por cima
Ela é linda, ela é special
Ela passa pelas outras tipo battle
Quando ela passa
Ela sabe o que faz
Fica impossível não olhar p'ra trás
Ela parte-me o pescoço
Ela parte-me o pescoço
Ela sabe que é capaz
Ela parte-me o pescoço
Ela parte-me o pescoço
Impossível não olhar pra trás
Ela parte-me o
Não olhar, ai não dá, ai não dá, yeah
Não tentar, ai não dá, ai não dá, yeah
E ela sabe que não dá, que não dá
E ela ela parte-me o, parte-me o
E ela ela parte-me o, parte-me o pescoço
Não olhar, ai não dá, ai não dá, yeah
Não tentar, ai não dá, ai não dá, yeah yeah
E ela sabe que não dá, que não dá
E ela ela parte-me o, parte-me o
E ela ela parte-me o, parte-me o
Ela é linda, ela é special
Ela passa pelas outras tipo battle
Quando ela passa
Ela sabe o que faz
Fica impossível não olhar p'ra trás
Ela parte-me o pescoço
Ela parte-me o pescoço
Ela sabe que é capaz
Ela parte-me o pescoço
Ela parte-me o pescoço
Impossível não olhar p'ra trás
Ela parte-me o
Ya linda
Tu já sabes quem é linda, Haha
A.G.I.R got it, got it
Ela parte-me o
(No, no, no, no)
Yeah
Ela parte-me o
(No, no, no, no)
Yeah
Ela parte-me o
(No, no)
Oh no, no, no, no, no
Ela parte-me o
(No, no)
Yeah
Ela parte-me o
Got it
13) Nunca Pares (com Slow J e Plutónio) – Stereossauro
Autores: Papillon, Plutonio & Slow J
2004 não foi normal
4 mais doze deu Carnaval
Éder agarra na bola e acaba com a história do quase já cheira mal
Daqui pra frente sou animal
São Tomé, Brasil, Moçambique, Angola, Cabo Verde e Guiné Bissau
Diretamente de Portugal
Filho de todos a quem fiz mal
Sou escravo, sou dono
Só cravo o meu sonho no muro do teu quintal
Tribo do Eusébio são panteras bravas
E o bater das asas é colossal
Tudo o que eu quero é voltar a casa
Ver que ela nunca mais vai ser igual
Mundo todo vira um vendaval
Nossa fome é tão universal
Falhamos, lutamos, sangramos
E nunca paramos sem alcança-lo
Nunca pares, nunca pares, nunca pares
Vitória, vitória, vitória
Vitória, vitória, vitória
Nunca pares, nunca pares, nunca pares
Vitória, vitória, vitória
Só vou parar quando eu morrer
Não vou viver em vão
Só vou parar quando eu morrer
Não tenho outra opção
Só vou parar quando eu morrer
Vitória, vitória, vitória
Vontade de vencer é notória
Força nas canetas
Para escrever com letras
Enormes, o nome na história
Vitória, vitória eu repito
É uma tradução, sussurro ou grito
Acredito que mesmo escutado
Foi muito do ex-infinito
E sangue corre, o suor escorre
Somos um só
E isso não morre
Os netos dos egrégios avós
Já 'tão cansados
De comer pó
Hora de rapar o prato
Alargar o legado
Vim dar um recado
Que o mundo é pequeno
Pesdes esta vontade
Agora dá tudo
Até nada teres p'ra dar, vai!
Nunca Pares, Nunca Pares, Nunca Pares, Nunca Pares
Vitória, vitória, vitória
Vitória, vitória, vitória
Nunca Pares, Nunca Pares, Nunca Pares, Nunca Pares
Vitória, vitória, vitória
Só vou parar quando eu morrer
Não vou viver em vão
Só vou parar quando eu morrer
Não tenho outra opção
Nasci p'ra ser e ver nascer
À luz na escuridão
Não paro enquanto eu não vencer
Não tenho outra opção
Sei que os loucos vão perceber
Enquanto outros não
Existe o sonho de viver
Não vou viver em vão
Só vou parar quando eu morrer
Não vou viver em vão
Vitória, Vitória, Vitória
Só vou parar quando eu morrer
Não tenho outra opção
Vitória, Vitória, Vitória
Só vou parar quando eu morrer
Nunca Pares, Nunca Pares, Nunca Pares, Nunca Pares
E quando te doer as pernas
Duvidares da meta
Brotha nunca pares
E quando te atirarem pedras
É p'ra ver se quebras
Brotha nunca pares
Nunca Pares, Nunca Pares, Nunca Pares, Nunca Pares