Pesquisadores do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Unesp em Botucatu criaram duas ferramentas que podem contar o tempo de espera para um transplante de rim. Isso é feito a partir de um conjunto de dados produzidos pelo SUS. O nefrologista Luis Gustavo Modelli, que coordena o Programa de Transplantes de Órgãos Sólidos, comenta que aproveita o uso de algoritmos e técnicas de machine learning para fazer previsões com o máximo de precisão possível.
De acordo com o médico, um dos maiores desafios na fila do transplante de rim é que esta fila não funciona por ordem de chegada, mas por compatibilidade entre o doador e o receptor. No modo como funciona o sistema, critérios como a compatibilidade, o tempo de espera e a condição de saúde do paciente somam pontos, e com estes pontos cria-se uma espécie de ranking que determina quem recebe o órgão que estiver disponível. Ao todo, quase 50 mil registros de doadores falecidos foram incluídos no levantamento. Existem atualmente 144 mil pacientes em diálise no Brasil.